POSTADO POR: OVÍDIO E CÉLIA
Acabamos fazendo o certo e o que o bom senso
recomendava. Dada às circunstâncias,
obviamente.
Pelo prazer, não se deve arriscar tanto a vida. É o que nos
pareceu, na hora de tomar uma decisão.
PRIORIDADE ABSOLUTA:
Assistir a um espetáculo da “ Vesperata “, em Diamantina, onde viveu Chica da
Silva, encantadora negra que escandalizou o Brasil império, vivendo com seu amásio,
o contratador João Fernandes de Oliveira
; terra de Juscelino Kubitschek de
Oliveira, presidente do Brasil entre 1956 e 1961. Foi prefeito de Belo
Horizonte e governador de Minas Gerais.
Represa de Furnas – Capitólio – Restaurante do Turvo
Represa de Furnas – Capitólio – Restaurante do Turvo
Partimos de Ribeirão Preto dia 05 de julho pela manhã,
almoçamos no restaurante do Turvo, à beira da represa de Furnas, perto de
Capitólio. Dormimos na Colônia do Sesc em Bom Despacho e chegamos à Pousada do
Garimpo, em Diamantina, na sexta-feira, dia 6, à tarde. E já fomos dar uma caminhada pelo centro
histórico, para retornarmos logo e prepararmo-nos para o jantar com serenata,
de acordo com a também programação da requintada Pousada do Garimpo. (WWW.pousadadogarimpo.com.br)
Grupo de seresteiros na Pousada do Garimpo.
Aguardando um momento para nos servirmos, saboreávamos um bom
vinho e a surpresa foi percebermos que algumas pessoas transitavam na parte
interna do restaurante e na varanda, quando suavemente o canto “Sereno da
madrugada” foi tomando conta do recinto e de todos nós, até os seresteiros
postarem-se todos, junto a uma parede.Grupo de seresteiros na Pousada do Garimpo.
Ficamos na Pousada do Garimpo sexta, sábado e domingo. Dia 9 de manhã, segunda-feira, partimos para a primeira etapa de caminhada, indo até a Pousada Rural Recanto do Vale, 23 km de Diamantina e a 3 km do povoado do Vau. Percurso muito agradável, com um pouco de chuvisqueiro, garoa e neblina, que não chegavam a molhar muito.
Como levávamos o automóvel para apoio, revezamos caminhando um pouco e conduzindo o veículo outro tanto e assim fomos, tendo pernoitado ainda em Milho Verde e Serro. A experiência de caminhar em trechos asfaltados, sem acostamento, trilha para pedestres, ciclistas ou cavaleiros, e sem que nenhum desses aparecesse para fazer companhia, demonstrou que a continuidade da caminhada poderia comprometer ainda mais a nossa falta de segurança, causando desânimo.
Soubemos que a Estrada Real estava sendo toda asfaltada e que
a pequena estrutura para os que a queriam percorrer naqueles modos, só existia
nas proximidades das cidades ou povoados.
Pensando que a
melhoria ocorreria somente depois de Alvorada de Minas (o trecho de Serro a
Alvorada também já se encontrava asfaltado, sem aquela estrutura), seguimos
pela ER ainda até lá, quando reiniciaríamos a caminhada. Foi a gota d´água; estrada estreita sem
acostamento, terra vermelha, trânsito constante de caminhões e toda sorte de
veículos e motos. Poeira sufocante.
Tanto estreita a estrada, não poderia faltar aquilo que imaginávamos: um caminhão Ford velho, de carroçaria, carregando nela um automóvel, enroscou-se com um caminhão-baú médio que ia no sentido contrário. Depois de algumas tentativas com os ajudantes fazendo força em cima da carroçaria para afastar o baú que arranhava o carro, conseguiram desobstruir a estrada. Nesta altura, o “stress” da Célia não lhe permitia distanciar-se de mim mais do que 150 m e nem sequer achava um estacionamento condizente para fazer necessidades. Chegamos finalmente a Itapanhoacanga. Continuaríamos pelo período da tarde e fomos aos poucos desistindo de caminhar, seguindo bem devagar pela Estrada Real, parando e apreciando maravilhoso panorama e os jardins silvestres encravados nas rochas.
Ainda bem que não choveu naquelas paragens, pois somente
veículo 4x4 superaria o sobe e
desce e as pequenas valas. Que se devem
tornar grandes com as chuvas.
Nunca vimos uma região empoeirada como nas proximidades de Conceição do Mato Dentro, não só pelas obras em andamento, como pelas muitas estradas vicinais em terra e pela intensa atividade na zona rural. Não dormimos bem naquela cidade, pois nosso quarto no hotel dava para uma rua central muito movimentada.
Enfim, é assim: quem não quiser desconforto e não tendo promessa a cumprir, melhor é ficar em casa, ou renunciar ao proposto e ir divertir-se.
Enfim, é assim: quem não quiser desconforto e não tendo promessa a cumprir, melhor é ficar em casa, ou renunciar ao proposto e ir divertir-se.
Fomos retomar a Estrada Real somente em Cocais. Entramos em Barão de Cocais para conhecer seu
movimentado centro comercial e a Igreja de Santo Antônio, obra de Aleijadinho.
Afinal, os avós da Célia, segundo as falas deles e de ancestrais, eram
descendentes de José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o Barão de Cocais. O avô da Célia chamava-se José da Cunha
Palma.
Daí, rumamos diretamente para o Santuário Ecológico e
Religioso do Caraça (WWW.santuariodocaraca.com.br), entre Catas Altas e Santa Bárbara
e lá ficamos um dia e meio.
Igreja Matriz de Santo Antônio – Barão de Cocais.
Igreja Matriz de Santo Antônio – Barão de Cocais.
Atravessamos Mariana e,
pelas ruas estreitas da periferia de Ouro Preto, atingimos o centro
histórico, contornando a praça Tiradentes apinhada de gente e com o trânsito
lento. Era sábado, à tarde, ensolarado.
Todos se movimentavam em harmonia e satisfeitos.
Densa neblina cobria Ouro Preto no domingo de manhã, o que
dava a sensação de muito frio. Aos
poucos o sol predominou e o dia foi esplendido.
Feira de pedras preciosas, semi-preciosas e de pedra sabão. Ao fundo a Igreja de São Francisco – Ouro Preto
Seguimos pelo Caminho Novo da Estrada Real, até próximo a Barbacena, quando entramos em direção a Tiradentes e São João Del Rei, retomando a região do Caminho Velho da Estrada Real. Curtimos a tarde e a noite de Tiradentes, num festival de gente pelas ruas estreitas, com muitos restaurantes e lojinhas bem arrumadas.
Feira de pedras preciosas, semi-preciosas e de pedra sabão. Ao fundo a Igreja de São Francisco – Ouro Preto
Seguimos pelo Caminho Novo da Estrada Real, até próximo a Barbacena, quando entramos em direção a Tiradentes e São João Del Rei, retomando a região do Caminho Velho da Estrada Real. Curtimos a tarde e a noite de Tiradentes, num festival de gente pelas ruas estreitas, com muitos restaurantes e lojinhas bem arrumadas.
Foi nosso último pernoite nas Minas Gerais e, deixando o
Caminho Velho e a Estrada Real, partimos na manhã do dia 17 para Ribeirão
Preto, via Lavras, Varginha, Alfenas, Guaxupé, Mococa, Cajuru e Serrana, tudo
por boas estradas asfaltadas e bem sinalizadas.
Mas que saudade ficou novamente de Minas Gerais. Vamos voltar em breve.
Fotos e filmes podem ser encontrados no Picasa do blog WWW.peregrinosecia.blogspot.com.br , nos endereços abaixo:
FILMES:
https://picasaweb.google.com/109504417971732751221/OVIDIOECELIANAESTRADAREAL02#5772161243888630050
FILMES:
https://picasaweb.google.com/109504417971732751221/OVIDIOECELIANAESTRADAREAL02#5772161243888630050
https://picasaweb.google.com/109504417971732751221/OvidioECeliaNaEstradaReal#
Aos
amigos já estamos convidando para essa aventura na Estrada Real, todavia para
um período que tenha algumas chuvas para amenizar um pouco a poeira.
Célia e Ovídio.
Venha conhecer! http://www.facebook.com/caminhojornada.daperseveranca?ref=tn_tnmn
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